Termas de Helena
Termas de Helena | |
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Inscrição dedicatória indicando o nome de Helena[1]. | |
Desenho das cisternas na Villa Conti. | |
Informações gerais | |
Tipo | Termas |
Construção | Começo do século III |
Geografia | |
País | Itália |
Cidade | Roma |
Localização | Esquilino |
Coordenadas | 41° 53′ 21,2″ N, 12° 30′ 52,78″ L |
Termas de Helena | |
Localização em mapa dinâmico |
Termas de Helena ou Termas Helenianas (em latim: Thermae Helenianae ou Thermae Helenae) eram termas da Roma Antiga construídas numa região de passagem entre o Esquilino e o Célio conhecida primeiro como Jardins das Velhas Esperanças (Horti Spei Veteris) e depois como Jardins Varianos (Horti Variani). O complexo ficava perto da Água Neroniana, no ponto na qual ela se separava da Água Cláudia, perto do Anfiteatro Castrense. Seu nome é uma referência a Helena, a mãe do imperador Constantino I, que o restaurou depois de um incêndio entre 323 e 326.
História
[editar | editar código-fonte]As estampas em tijolos mais antigas recuperadas no local indicam uma data de construção durante o período severiano (193-235)[2], confirmada também por uma inscrição dedicatória[3] a Júlia Domna, esposa de Sétimo Severo, também encontrada ali.
Uma outra grande inscrição (hoje nos Museus Vaticanos) recorda a restauração por Helena depois de um incêndio[1]. Depois do final do século XVI, os restos das termas foram demolidos por Domenico Fontana por ordem do papa Sisto V para permitir a abertura de um trecho da Via Sistina (strada Felice) na frente da basílica de Santa Croce in Gerusalemme (moderna Via di Santa Croce in Gerusalemme).
Descrição
[editar | editar código-fonte]A planta do complexo é conhecida através dos desenhos renascentistas de Andrea Palladio e Giuliano da Sangallo[a], mas ainda são visíveis no cruzamento entre as modernas Via Eleniana e a Via G. Someiller os restos da cisterna que o alimentava de água, composta de doze compartimentos dispostos em duas fileiras paralelas. Durante a Idade Média, um destes compartimentos foi transformado em uma capela cristã (a documentação da época indica que seu nome era "S. Angelo"), da qual se conservavam afrescos até o século XVIII[b].
Notas
[editar | editar código-fonte]- ↑ A gravura de Palladio está preservada em Londres[4] e a planta de Sangallo foi reproduzida por Rodolfo Lanciani[5].
- ↑ A primeira menção da capela foi em 1375[6]; depois, foi sucessivamente vista por Nicolao Muffel em 1452[7] e por Flaminio Vacca em 1594. A última menção a ela foi na "Nuova Topografia di Roma", de Giambattista Nolli, em 1748[8].
Referências
- ↑ a b CIL VI, 1136.
- ↑ CIL XV,I 239, 324, 413, 753.
- ↑ CIL VI, 1048
- ↑ Royal Institute of British Architects, vol. IX, f. 14 recto
- ↑ Codice Vaticano Latino 13034, f. 159 verso.
- ↑ Mirabilia Romae, ed. Parthey 1864: 59
- ↑ Adolf Michaelis, "Le antichità di Roma descritte da Nicolao Muffel", in Römische Mitteilungen, 3, 1888: 254-276
- ↑ Giovanni Battista de Rossi, Note di ruderi e monumenti antichi per la pianta di G.B. Nolli, 1884: 29-30 pianta 1083).
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Coarelli, Filippo (1984). Guida archeologica di Roma (em italiano). Verona: Arnoldo Mondadori
- Palladino, Sergio (1996). «Le Terme Eleniane a Roma». Mélanges de l'Ecole française de Rome. Antiquité (em francês). 2 (108): 855–871. ISSN 0223-5102
- Palladino, Sergio (1997). Agorreta, María Jesús Peréx; Escorza, Carlos M; Ochoa, Carmen Fernández, eds. Termalismo antiguo. I Congreso Peninsular. Actas. Arnedillo (La Rioja). 3-5 octubre 1996. Le Terme di Elena a Roma: nuove acquisizioni (em italiano). Madrid,: Casa de Velázquez. p. 497–501. ISBN 84-3623-603-3
- Palladino, Sergio (2005). «Via Eleniana, via S. Grandis, via G. Sommeiller. Lavori di bonifica e pulizia della cisterna delle Terme Eleniane a Roma: un'occasione per il riesame del monumento». Bullettino della Commissione archeologica comunale di Roma (em italiano) (106): 293–301. ISSN 0392-7709
- Palladino, Sergio (2008). Borgia, Elisabetta; Colli, Donato; Palladino, Sergio; Paterna, Cinzia, eds. «Horti Spei Veteris e Palatium Sessorianum: nuove acquisizioni da interventi urbani 1996-2008. Parte I» (PDF). La cisterna dell'acqua delle Terme Eleniane. FOLD&R FastiOnLine documents & research (em italiano) (125): 12–17. ISSN 1828-3179